Lentidão na aprendizagem, dificuldade de concentração, palavras escritas de forma estranha, dificuldade de soletrar e troca de letras com sons ou grafias parecidas. Esses são alguns sinais de dislexia. Mas não se trata de uma doença, mas de uma característica genética, configurada entre a 16a e a 24a semana de gestação do feto.
"A dislexia é uma disfunção cerebral localizada na área da linguagem e por isso afeta a fala, a leitura e a escrita", esclarece a psicóloga Mônica Bianchini, da Associação Brasileira de Dislexia.
Os sintomas da dislexia são iguais para crianças e adultos. A diferença é que, na infância, o distúrbio é acentuado e pode ser identificado mais facilmente, considerando que a criança irá apresentar dificuldades na fase de aprendizagem e alfabetização.
"Quanto mais rápido for feito o diagnóstico, melhor. Como a pessoa geralmente não sabe que sofre do distúrbio isso acaba afetando a sua auto-estima", avalia Mônica. "Por não entender o que acontece, muitos disléxicos adultos se sentem inferiores, largam os estudos ou até recusam cargos importantes nas empresas."
Vale lembrar que não existe cura nem forma de prevenir a dislexia. "O tratamento, baseado em técnicas de escrita e leitura, vai estimular o cérebro a entender as letras de forma mais adequada. A redução do distúrbio nos pacientes é de 70% a 80%", explica a psicóloga da ABD.
Conheça os principais sintomas da dislexia:
- Dificuldade de leitura e escrita;
- Problemas para soletrar e para nomear objetos e pessoas;
- Memória imediata prejudicada;
- Confusão entre os lados direito e esquerdo;
- Complicações para aprender a segunda língua;
- Dificuldade para organização geral;
- Comprometimento emocional.
Fonte: Associação Brasileira de Dislexia (ABD)